Para encarar o seu maior medo, você precisa ir além de suas expectativas e acolher a aventura que é o amor.
Para mim, o meu maior medo era me abrir sobre minhas dificuldades com relacionamentos íntimos, por ter sofrido abuso sexual durante a minha infância. Eu tive muito sucesso como Treinador de Esportes de Alto Desempenho e Coach de Paz Interior, e também tive muito sucesso em minha prática de meditação, depois de trabalhar individualmente com muitos ótimos professores por vários anos. Relacionamentos íntimos, no entanto, era algo muito complicado para mim.
Por que era complicado?
Porque relacionamentos íntimos faziam aflorar em mim expectativas baseadas em medo.
Expectativas baseadas em medo vêm de nossos condicionamentos, de experiências passadas e daquela parte de nossa mente que precisa “saber”. Quando operamos segundo essas expectativas, queremos que tudo dê certo no final, queremos um padrão seguro, que esteja de acordo com as histórias que nos contamos à nosso respeito, queremos viver de uma maneira que acreditamos ser segura.
Claro que precisamos ter expectativas práticas em relação a certas coisas para conseguirmos viver em sociedade. Usando o exemplo dos relacionamentos íntimos, em nossa sociedade há expectativas em relação à idade apropriada para se estar em um relacionamento íntimo e o que é adequado considerando o papel da pessoa na família e na sociedade. No entanto, as expectativas enraizadas no medo, não têm valor prático para a nossa vida, elas são frequentemente desenvolvidas na infância para que nossas necessidades sejam atendidas indiretamente.
Atribuo principalmente à minha prática regular de meditação, e ao ótimo treinamento que recebi, a razão pela qual consegui romper de uma vez por todas com esse condicionamento negativo no que diz respeito aos relacionamentos íntimos. Embora a meditação possa resultar em muitos estados e experiências interiores maravilhosos, o verdadeiro valor de uma prática meditativa é o impacto que ela tem em nossa vida cotidiana.
Há dois aspectos críticos que devem estar presentes em uma prática de meditação…
Uma intenção positiva assegura que estamos sendo práticos e temos os pés no chão. Podemos querer melhorar o sono, reduzir nossos níveis de estresse, ansiedade, melhorar nossos relacionamentos e assim por diante.
Muitos meditadores têm uma intenção positiva em relação à meditação, mas limitam imensamente seus resultados por também terem muitas expectativas internas.
Expectativas baseadas em medo vêm de nossos condicionamentos, de experiências passadas e daquela parte de nossa mente que precisa “saber”.
As expectativas internas são as expectativas a respeito de como deve ser nossa experiência interna com a meditação. Para obtermos melhores resultados, sugiro uma postura interna de aceitação e confiança no que aparecer. Todas as sensações corporais, pensamentos, emoções e momentos de consciência profunda devem ser reconhecidos e acolhidos durante uma prática de meditação.
Caso contrário, o que vai acontecer é que você vai ajustar sutilmente a sua meditação de acordo com um conjunto de expectativas baseadas no medo, quando as expectativas são justamente o que você precisa mudar para obter o resultado prático desejado. Por exemplo, para relaxar mais, você pode realmente precisar sentir uma emoção profunda muito poderosa ou algumas sensações corporais esquisitas por alguns minutos. Ou talvez o que você necessite que sua meditação seja uma experiência bastante comum e normal, que pareça não estar alterando nada. Não dá para saber!
Com uma intenção positiva e uma postura interna aberta, você pode confiar que algo bom está acontecendo, mesmo quando é o oposto do que você esperava.
Essa confiança vem do fato dessa postura interna abrir a porta para que o Amor Divino seja a força motriz de sua prática de meditação. Isso transforma as expectativas baseadas no medo em um espaço aberto, de amor. O amor é o grande abridor de portas, espalhando sua luz divina para que grandes mudanças possam acontecer em sua vida, as mudanças que você tanto deseja e precisa.
O amor acolhe tudo na meditação, sem necessidade de saber nada, sem necessidade de controlar nada e com a habilidade de mergulhar fundo no que quer que surja no momento presente. Lágrimas podem escorrer, pode haver um completo silêncio e depois um profundo sentimento de raiva. O amor, em suas infinitas ondas de rendição e graça, acolhe tudo, nesta maneira bagunçada, imperfeitamente perfeita e intensamente pessoal de meditar.
Eu sugiro ter duas fortes intenções antes de começar sua prática de meditação, e dedicar alguns minutos a cada uma.
Uma das intenções é sobre o que você pretende levar de sua meditação para sua vida cotidiana e, a outra intenção é alinhar-se com o amor, permitindo que tudo esteja presente a partir de um lugar de profunda inocência e entrega. Assim você relaxa profundamente na meditação, permanecendo totalmente presente com tudo o que surgir, com total confiança de que é isso que precisa estar em sua consciência no momento.
Over time practicing this inner posture helps you see that life is one celebration of love and all that was ever needed was for us to drop the shields of our fear-based expectations that were defending our own little stories and patterns. Love was in our thoughts, love was in our emotions, love was in our bodily sensations and love was in the moments of deep awareness. It was wild, free and totally beyond any thing you expected it to be.
Ao longo do tempo, praticar essa postura interna o ajudará a ver que a vida é uma celebração do amor. Para perceber isso, só precisamos abandonar os escudos das nossas expectativas baseadas no medo que defendem as nossas pequenas histórias e padrões. O amor está em nossos pensamentos, o amor está em nossas emoções, o amor está em nossas sensações corporais e o amor está nos momentos de profunda consciência. O amor é selvagem, livre e está além de qualquer coisa que você espera que ele seja.
Com amor,
Jack Childs
Spiritual Healer
Tradutor: Flavia Totoli