Você já se sentiu frustrado por causa do comportamento dos outros? Pessoas da família que simplesmente não conseguem aceitar nosso modo de vida, colegas do trabalho que parecem não se interessar por nada além de dinheiro e carreira ou todas as maluquices que a política tem nos proporcionado ultimamente. Tudo isso pode ser aceito com compaixão.
A compaixão tem três aspectos chaves: confiança, aceitação e não julgamento. É a habilidade de nos conectarmos com nossa consciência, que percebe em um nível mais profundo, que tudo está bem e que sente um amor verdadeiro por todos que estão presos em seu próprio sofrimento e não conseguem enxergar a realidade como ela é. Desse espaço, a confiança, aceitação e não julgamento fluem sem esforço.
Quem não se sentiria confiante se conseguisse verdadeiramente perceber que em um nível mais profundo, está tudo bem e que o amor está sempre presente? Quem não aceitaria, se pudesse perceber que não tem ideia do que do que é verdadeiramente importante para o outro? E quem poderia continuar julgando, se pudesse perceber as limitações das próprias crenças condicionadas?
Todos nós temos um “eu-personalidade” (corpo, mente e emoções), um “eu-observador” (com a qual observamos a personalidade) e eu “eu-iluminado” (que permite que a luz em nossos corações fluam em nosso eu-personalidade para alcançarmos nosso potencial). O “eu-iluminado” já é cheio de compaixão. Ele utiliza nosso eu-personalidade como um vaso para levar a compaixão ao mundo, ao invés de estar presente isoladamente, resultando em um comportamento não alinhado a verdadeira compaixão.
Muitos praticantes ficam travados quando não sabem por onde começar a aplicar os insights do “eu-iluminado” (que normalmente só entendem intelectualmente) no mundo real, sem perceber o componente crítico da sabedoria universal do “eu-iluminado”
Todos nós temos personalidades diferentes e contexto de vida diversos, então é impossível alinhar a compaixão a um conjunto de comportamentos ou ações pré-definidas.
Ao invés disso, devemos silenciar e escutar a sabedoria universal em nossos corações. Fica mais fácil quando conseguimos acalmar nosso ego, através da meditação e das práticas espirituais, nos permitindo entrar em contato e compreender o que é a sabedoria universal. Ao invés de tomar decisões baseadas em nosso próprio condicionamento (que é muito limitado), começamos a tomar decisões a partir de um lugar intuitivo e iluminado, que sabe o que é melhor para nós. Como consequência fluímos naturalmente com compaixão e através disso, nosso comportamento se alinha à confiança, aceitação e ao não-julgamento de forma natural.
O que podemos fazer para nos alinharmos a esse eu-iluminado, de onde flui a compaixão?
A chave está na meditação. Ela ajuda a aumentar nosso nível de consciência e é a prática mais eficiente para nos alinharmos ao nosso eu-iluminado. Todas as outras práticas espirituais são tão somente uma preparação para isso. Se comprometer com a meditação diariamente é a coisa mais produtiva que podemos fazer para cultivarmos mais compaixão em nossas vidas, bem como vivenciar todos os outros benefícios que ela nos proporciona.
A segunda técnica é fazer a engenharia-reversa dos comportamentos que fluem do lugar da compaixão. Esse não é o caminho mais direto, mas pode ajudar. Quando começamos a nos comportar de um lugar de aceitação, não-julgamento e confiança conseguimos nos conectar à vibração da compaixão e do eu-iluminado. Conforme implementamos esses comportamentos é vital ser sábio e prático. Precisamos de limites claros que funcionem na vida real, mas que surgem de um lugar de confiança, não julgamento e aceitação. Muitas vezes essas coisas podem gerar um comportamento vigoroso. Não há necessidade de agradar ninguém ou viver de acordo com certas crenças. Podemos viver bem e com compaixão verdadeira e mesmo que isso incomode outros, ainda sim teremos compaixão com seu sofrimento e desconexão.
Quanto mais cultivamos a compaixão, mais conseguimos aceitar a forma como os outros se comportam. Podemos estar presentes e compreender sua ignorância, sofrimento e falta de consciência, sem sentir que precisamos mudá-los ou tentar fazer com que vivam de acordo com as nossas crençås. A compaixão não julga. Apesar de estamos mais conscientes das limitações das pessoas, por trás desse véu, só vemos o amor que permeia tudo o que realmente somos. A compaixão é uma característica do verdadeiro amor pela vida.
Então, da próxima vez que sentir que está julgando ou desconfiando de alguém, respire e pense melhor.
O que a luz da sabedoria universal do seu eu-iluminado quer que você faça? Através da meditação e da engenharia-reversa de comportamentos de confiança, aceitação e não julgamento, a resposta será mais óbvia conforme você fica mais alinhado com seu eu-iluminado. A partir daí a compaixão flui sem esforço e com amor infinito.
Com amor,
Jack
Jack Childs
Personal Growth Coach
www.jackchilds.org
Traduzido por: Flavia Totoli
Olá!
Eu estava lendo sobre a compaixão!
Concordo mto com tdo.. procuro praticar diariamente, tenho êxito nesse exercício que precisa ser diário.. já eh hábito.. se torna característica pessoal.. fico mto feliz sim!
Mas existe uma parte de sofrimento nisso tdo! No meu caso, meu namorado que tem personalidade mto diferente da minha.. me critica mto qto à isso! Brigamos mto por causa dessa opinião e julgamentos.. ouço ele sobre tdo o q incomoda.. pessoas, política.. trabalho.. ele fala do assunto.. julga, tem explicação p tdo! Ok.. ouço ele.. e qdo dou minha opinião, tentando sempre ver o lado oposto.. tentando mostrar q a gente não pode julgar .. não conhecemos a história da pessoa.. e msm conhecendo não importa a atitude dela.. foi ela q fez, ela q assume a consequência.. ela q resolve…
Nisso brigamos mto pq ele não sente confiança em mim. Acredita q se eu não pensar cm ele não sirvo p ele.. acredito q se sente julgado e condenado por mim
O tempo td por causa disso..Realmente não concordo.. mas entendo ele. O pensamento dele.. o que eu quero dizer é que sinto e tenho compaixão por ele. Respeito tdo, o momento, o pensamento a atitude dele.. mas acabo sendo punida por ele, visualmente e verbalmente… pois acha q fico sempre em cima do muro! Que preciso opinar .. e não concordando vira uma briga sem fim.. concordando me sinto péssima pq vai contra o q penso!!!
Então analiso e penso: a compaixão deve sim ser aplicada. Deve fazer parte d nos.. mas pra quem não sente, não pratica, não entende.. acaba gerando um desconforto grande e dolorido.. ainda mais vindo de quem gostamos e tentamos ajudar sempre!
Eu estou assim.. msm ele brigando, não condeno ou julgo. Sinto mto amor por ele e vejo o amor dele sobre as coisas q nem ele enxerga!
Me chama de Madre Tereza! Acha q não sou”tão boa assim” de verdade.. isso dói mto. Pq ele não tem culpa de não me entender e não sentir o q eu sinto… mas eu não posso e não quero mudar minha visão sobre o tdo.. e ao msm tempo me sinto injustiçada.. eh difícil entender!
Acredito q cd um tem seu momento de aceitar. De evoluir.. crescer.. mas o q fazer qdo nos relacionamis com alguém tão diferente.. e ao msm tempo existe amor, compaixão.. e vc não quer ficar sem aquela pessoa. Pq entende a atitude dela.. mas ao msm temp sofre por ela não entender, por te julgar.. não sei se fui clara.. mas isso dá um nó na cabeça e sentimentos.. ter compaixão e terminar o namoro… ter compaixão e suportar isso, o q mtas vezes se caracteriza por abuso verbal.. eh um pouco complicado discernir qdo vc não mede esforços p ajudar.. não p mudá-lo.. Mas se esforça p ele te entender. E não acontece.. e entra a compaixão nisso tdo.. parece um círculo vicioso!
Eu precisava desabafar! Mto obrigada pelo espaço!🙏🏼🌷
Oi Tatiana, tudo bem?
Obrigada pelo seu comentário e por nos contar um pouco sobre a sua história. A prática da compaixão é algo que fazemos pelos outros sim, mas especialmente por nós mesmos. Ter compaixão pela dor do outro, entender seu momento não significa aceitar que temos que aceitar qualquer coisa que façam para a gente. A compaixão não é uma poção mágica que vai consertar todos os erros ou dores (nossos e das outras pessoas). Como você disse, cada um tem seu próprio tempo e caminho e infelizmente não temos o poder de salvar as outras pessoas, não importa o quanto amamos ou sentimos compaixão. Se primeiro dever é com você mesma 🙂